Letícia Alves

Corpo Imaterial

Derivar do impulso humano.
A fragilidade da arte e o encanto.
Canto no enquanto.
E amo e ando.

Colorido, mas triste,
corporizo a felicidade
e anoiteço com a tristeza
desmaterializada, desmotivada.
Desfeito. Agora tudo está desfeito.

A mistura do momento que se
sobressai, brilhante, produto
híbrido e desafiante – feito
de alma e do coração alarmante.

Nessa altura, como remédio,
debruço-me no retiro do mundo
maternal das águas claras.
Jogo-me nas suas fronteiras difusas,
nuas, encarando os nossos novos
horizontes abertos e lavados.
Derivo d\'alma purificada.