Que tristeza mortal eu sinto agora ...
A tua ausência dói e como é triste...
Do quarto a escura luz, que lhe era outrora,
É igual e tua presença inda persiste.
Existirás aqui, não foste embora...
Estás no mesmo canto, não fugiste...
Eu te imagino, aqui, na mesma hora
Em que a nós dois o sono sempre assiste.
Então, meu periquito, dentro eu choro,
Também derramo lágrimas deveras...
Como te quero e amo–por ti imploro...
Tu não te encontras só, mesmo entre feras
Minhas preces por ti vão te guardar
E, de novo, trazer-te ao nosso lar.
Tangará da Serra, 28/07/2023