O aprendiz

O vinho e o poeta

 

Quando teu sabor me acaricia

E a meus lábios trazes o teu gosto ameno

Penso em quantos versos tu me inspirarias

Se fosse este o teu intento

 

Disse-me um poeta que tu aprisionas a poesia

Pelo tempo que te der vontade

Aí te pergunto : Será isto verdade ?

Se assim, quando a soltares por favor me avise o dia

 

Não poeta ! Não acredites nisto !

Não sou algoz e muito menos carcereiro

E talento, tu bem sabes, não se compra com dinheiro

 

Não, não aprisiono a poesia ! Ao contrario, eu a protejo e a venero

E saibas que em minhas ultimas gotas

Estão os melhores versos dela.