No céu morria a noite sem lampejo,
Velada pelas brumas feito santa.
Das aves a aurora já trazia o arpejo,
A lira que nos ares nos encanta.
Espalhadas pelo prado eu revejo,
Envoltas sob o véu de áurea tanta,
O vento vos levando em cortejo,
Ó pétalas caídas de uma planta.
Silente como o sol vinha nascendo,
A névoa que já vi ires morrendo,
Minh\'alma carregava os áureos laços...
A noite ante meus olhos se calaste,
Ó sonhos que sorrindo contemplaste,
Velais na sombra morta esses meus passos!
Thiago Rodrigues