O silêncio é a consagração da alma.
No silêncio eu dialogo com a mente
E percebo a penumbra do pensamento
Meio diáfana diante da inconsciência
Já adormecida ao regalo das sombras
E no eco dos sonhos o devaneio vibra
Trazendo ao raciocínio o repouso sutil
Que transcende à metafísica da vigília
Sem despertar a consciência sonolenta
Que tranquilamente foge da realidade.
O silêncio é uma imaginação do irreal
E o cérebro é uma ficção da sapiência
Que labuta os engenhos do insensível
Nas canchas doutrinárias da hipocrisia
Donde a verdade vomita as incertezas.
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO