Era uma vez
A minha vez
Minha vez de ser rei
E não servo da estupidez
Ando farto de loucura, de conflito
Do passado, e de escassez
Quero ser rei de corpo e alma
E não servo da nudez
Seria o rei capaz de ficar inabalável
Nesta inércia dentro de mim?
Ou terei que ler de novo
Minha \"Vida Carmesim?\"
Eu falo tanto do vermelho
A cor do amor, do ódio, da realeza, cor do coração e da beleza
Com tons escuros é pureza
Quanto mais claro é a pobreza
Quanto antes eu souber, o que é ser pobre, de corpo, alma e poesia
Quem sabe use corretamente
A cor da burguesia
A cor dos reis
Da supremacia
A cor do caos, do sangue
A cor do meu castelo
A cor do rubí em minha coroa
Eu sou um rei, de corpo e alma
De coração frio
E que nunca se perdoa