Eu gosto das montanhas
porque elas não falam,
mas permanecem contidas
nas formas do que é seu.
Eu gosto das folhas das
árvores, porque elas caem
em silêncio fraterno, calmo
e numa lentidão quase que
eterna; como uma reza.
Eu gosto das flores,
porque elas não ensurdecem
a relva, a flora, o verde,
contudo, se contentam
com exalar um perfume
que nunca foi só seu.
Lembro do teu e do meu.
Eu aprecio a grama pelo conforto
que gera, pela causa que espera
para poder crescer.
A natureza sempre me ensinou
sobre ser algo assim
tal qual eu.
[Assim, refrigerada e natural.]