Poesia que mora no mundo
Do alto de onde tudo se vê
Jogue as suas esperanças
Para salvar-me de mim
Dê-me outro eu
Outro eu para descorbrir-me
Para tirar-me o peso de mim
Para trazer-me a vida de novo
Um eu novo
Para arrancar-me os medos
E revelar a mim novamente
As minhas belezas
Traga-me, poesia
Outro eu encantado de ti
Que venha nu e cheio de coração
Cheio de lágrimas milagrosas
Um eu para dizer quem sou
E revelar a mim
O que nunca se dissipou
Na escuridão.
Traga este novo eu,
Iluminado de amor
Já transcendido ao céu
Do que de mim, restou...
Antonio Olivio