Antonio Luiz

A leveza da nossa valsa

à meia-luz eu sou tão sabidamente meu

que me permito ser completamente teu

e quando me aproximo pra essa entrega

minha mão esquerda ergue a tua direita

consolidando o teu congênito estrelato

 

a música transcende do palco iluminado

atirada, num laço de pura magia e notas

que nos envolve e nos coloca pra dançar

e de nossos passos, um remoinho fluído

vassoura da pista mágoas e sofrimentos

 

defenestramos dali toda falta de beleza

e mesmo com tudo posto em azul e mel

não cessa em torno de ti o meu rodopio

pra prestar socorro à tua pequena boca

na qual sinto urgir, a partilha do batom

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 25/7/23 --