É noite. Ainda estou acordada. Olho pela janela e vejo como a cor do céu lembra-me seus olhos, profundos e azuis, que encaravam-me debaixo dos lençóis, fazendo promessas de amor eterno.
Então, veio a tempestade, furiosa, arrancou o amor de mim. Como o vento sem rumo, eu vagava, desolada pela ausência do mesmo.
Fechei a janela, me deitei, e tudo o que restou foi o seu cheiro. Ele adorava o mar, e eu ainda sinto o ar da brisa, que nos conectava.
A chuva batia na janela, como lágrimas, o trovão ecoava no meu peito, vazio, mas guardo a lembrança do seu sorriso, como uma luz brilhante em meio à escuridão.
“ Stefany De\'Morais ”