Ó tardes áureas e passageiras,
Noites claras e pétalas de rosas,
Olhares das auroras derradeiras
Que seguiam brancas e silenciosas...
Ó tardes de lua sobre as roseiras,
Num ocaso de brumas vagarosas,
Que me lembram das pálidas olheiras
E dos risos pelas faces piedosas.
Sonhos e agruras e vozes de sinos
E ventos que andam pelos cemitérios
Desfolhando a flor roxa dos destinos...
Almas que seguem juntas para os valos,
Entediadas ou alegres, nos mistérios
Da vida indo sem nunca desvendá-los...
Thiago Rodrigues