Samuel SanCastro

Olhos Sôfregos

Os olhos sôfregos cotidianos

Não contemplam mais beleza

Pupilas jazem dilatadas dissolvidas em tristeza

De olhos presos no horizonte parado

Olhar que não mais vê, está perdido no passado

 

Onde está destes olhos o brilho?

Aquele antigo fogo de berilo

Onde está aquele penetrante olhar?

Oxalá que volte a sorrir sem lábios

Oxalá que torne paixão exalar.