Manto roto encobre o concreto,
enquanto cerra a densa noite,
derramando breu, por decreto,
rompendo o dia como uma foice.
Oníricas imagens, ao brotarem no sono,
inundam a imaginação de acuidade,
compondo memórias em sonhos,
decompondo as regras da realidade.
Devaneios habitam signos noturnos,
preenchendo intermináveis minutos,
com sombras de vultos soturnos.
Descortina-se idílico e lúgubre perceber,
envolto nesse manto esfarrapado,
que já permite antever renovo amanhecer.