Mãe, tenho ainda pétalas de teus lábios
roçadas às primeiras pequenas maçãs
de minhas angelicais bochechas.
Mãe, eu eternizei a maciez de tuas mãos
elegantes, de dedos longos, finos e graciosos
no toque da primogênita rosada pele.
Mãe, o cheiro doce e suave de teus seios
era arco-íris no verde céu de teus olhos:
o mais puro e farto sinal de nossa aliança.
Mãe, eu rememoro em cada entardecer
aquela tua magistral e una sinfonia de ninar
pra me reconduzir aos sonhos originais.
Mãe, eu te confesso: é do suor sagrado
de tuas tantas e tantas n-ésimas jornadas
que consiste a minha pia mais benta!
Mãe, eu chorei e sorri ao te escrever!
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 21/7/23 --