Na invernal manhã Da clara e fria alvorada Tira o leite e toma um café Para seguir para o seu afã Pela senda da invernada `A beira de um sopé Montado no seu cavalo Mais perto dos pássaros Mais perto das paisagens Mais perto do regalo Por onde correm os láparos Por onde faz as suas viagens Mais perto do gado Mais perto dos sonhos Mais perto das nuvens Para cumprir o seu fado Pouco enfadonho Por onde passam os trens Que levam e trazem os poetas Sonhando com as poesias Por entre essas montanhas Nos rastros dos profetas Com as quimeras e às fantasias Que alimentam as suas entranhas