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Isabella Vitória

APETITE

A fome que sinto por viver
É como as pontas dos dedos
Que devoram as teclas de um piano
Imerso a uma multidão,
Tal como,
O desejo do tocar a pele de seu bem
Cuja saudade preenche como tiro a queima roupa.

Amor, eu estou com medo.

Eu lembrei de esquecer a plateia
Mas sei que ela me assiste
Enquanto eu danço só...
Tão só que não tenho roupas para queimar
Ou saudades para sentir.

Amor, eu ainda estou com medo.
Medo de devorar a vida
E ela me fizer mal.

- meu coração foi partido mais de uma vez e eu ainda tenho apetite.