Lia Graccho Dutra

SEJA

Contextualmente,

por incontáveis vezes,

abusamos tanto no pensamento

quanto na fala e escrita

da conjunção “SE”.

E ficamos divagando em

perquirições indevidas.

E se isso… e se aquilo?!?

O que pode ocasionar 

indeterminação e estagnação.

Então, vamos direto às situações 

que não estão previstas na gramática.

O “ SE” é uma expressão limitante

que consome bastante energia

com improváveis conjecturas.

Aprisiona e impede o agir.

Faz perder o “ time” 

e o poder de escolha.

O “SE” nos torna reféns de

circunstâncias incertas

e muitos poréns.

Ficamos escravos da indefinição 

e de suposta validação.

Perdemos a liberdade de experienciar:

errar, acertar, construir, desconstruir,

aprender, amadurecer, evoluir…

O “ SE” nos rouba valiosos segundos,

minutos, horas, dias, anos de vida

que se perdem na poeira do tempo

e não voltam mais, nunca mais.

O “SE” nos faz pequenos.

Deixa-nos covardes.

E nos torna pobres.

Pobres de vida e de felicidade.

Porque é uma autossabotagem

que nos conecta ao medo,

tornando os sonhos e os desejos 

longínquos; talvez, até inacessíveis.

Pois não gera possibilidade real

de presente nem de futuro.

O “SE” nos conduz à frustração 

advinda de uma perpétua indecisão.

Podendo, ainda, transformar-se 

numa sentença de morte.

Por isso, é preciso saber avaliar

prós e contras de qualquer situação,

com inteligência e perspicácia,

para, logo após, 

tomar acertada decisão.

Mas se dúvidas infundadas 

insistirem em orbitar

pela sua mente.

Mude o panorama pensante.

Diga na hora, em ato de libertação:

-“ Cai fora Deodora”.

Além disso, é preciso substituir 

e, também, verbalizar 

o “ SE” pelo “SEJA”!

Assumindo, assim, a plenitude 

de “ tudo o que você nasceu para Ser”.

          ( Por Lia Graccho Dutra)