Como um abismo que vai e não consegue parar, eu sou;
tangendo o inadequado da musicalidade metafísica,
rebelando-me aos excessos do mundo que,
repleto de modernidade, perdeu o \'instante\'.
Como sendo um elemento que aguarda e que pratica
essa \'abertura hesitante\' assisto e tento afastar de mim
essa dimensão empoeirada. Quero o que guardo, tento
evitar, por vezes, a deformidade da vida que me aguarda.
O encontro é a existência perniciosa dum êxtase de submissão
de tirar o fôlego com as inocências manifestadas
por um otimismo quase imaculado que me é dado;
É uma espécie de apaziguamento que sela a separação entre
ambas as dimensões: o eu que deambula lúcido e a realidade
que cega. Sendo ambas doloridas, porque ambas são a vida.