Carlos Lucena

CORRO, ANDO E CANTO

CORRO, ANDO E CANTO

Ando, ando a procurar
O que de mim se esconde
E que talvez nunca 
venha a encontrar
Grito, grito e ninguém responde
Só ecos na terra a tinir no ar.

Corro, corro sem saber pra onde
Nem aonde vou chegar
Se em algum lugar 
que de mim se esconde
Ou  talvez a inexistência 
deste lugar!

Olho, olho para o infinito
Mesmo sem saber 
para onde olhar
Buscando entender 
o que não é dito
Mesmo que as ondas 
que estejam aqui
Não sejam as ondas 
de um outro mar.

Canto, canto 
Mesmo sem saber cantar 
Para que assim minha alma possa responder
Tudo aquilo que 
não pode se falar
Mas que os versos de um poema poderão dizer.