Isabela Fenix

Cigarro

Cigarro
Andando por aí
Tentando te esquecer
Esquecer você.

Mas, olho ao meu redor
E advinha!? 
Eu lembro de você.

Fechando meus olhos.
Lá, ainda, te vejo.
Eu só, queria esquecer, que te conheci
Esquecer, como tu me magoou
Por quê, as pessoas machucam?

Tu disse que me amava, engraçado isso. Mas, parece que não.

Ilusão
Pura ilusão

Eu me odeio, por me permitir, sentir algo por você.

Mas, é sempre assim.
Quem eu amo
Não me quer
Quem eu cuido
Me machuca.
Você é a prova, quão me machuca.

Andando, por aí.
Tentando te esquecer.
Mas, sabe, tu é tão foda, que até nas minhas lembranças, tu manda.
Foda é te esquecer.
Quando me ensinou a amar, mas, não a esquecer.

Mas, teimo e continuo, a andar, por aí.
Com meu cigarro na boca e o maço no bolso do jeans.
Ao meu alcance
E fumo um atrás do outro
Até te esquecer ou até eu morrer.

Nunca pensei que iria morrer assim

Mas, saiba que não é, o cigarro ou minha vida boêmia, que está me matando, não, não é.
É, essa tua indiferença que me mata.

E a cada tragada que dou
Tem um objetivo.
E esse objetivo, não é me matar.
Não!
Meu objetivo é... Que a cada tragada
Venha do fundo da minha alma te tirar.
Onde tu lá se alojou e se recusa a sair.
Sem ao menos perceber.
Do fundo da minha alma
Eu te puxo
E expiro e inspiro, junto com a fumaça
Levo para meu pulmão
O teu cheiro.
Que das minhas memórias trago fundo.
No meu fumar

Eu só queria, te trazer para mim.
Eu sinto dificuldades para respirar.
Mas, como me acostumar, a um ar, se, você não estar?
Como me acostumar com o ar, se, seu perfume, não estar?

Então, vou tragando esse cigarro.
Até, que em mim, toda a tua essência, se vá.
Enchendo meu pulmão com lembranças suas.
Que guardo na mente
E que trago do fundo da alma.
A cada cigarro um atrás do outro.

Ah, eu estou morrendo.
Será que não ver?