O pecado das carências
Ema Machado
Parecia amor
Olhares trocados, entrelaçados
E o desejo que ao contato, parecia pecado
Havia cumplicidade, ciúmes era raridade, tudo parecia perfeito
E vieram as tempestades…
Entre ofensas e palavras doídas
Já não existia cumplicidade
O desejo perdeu a validade
Dando lugar a uma dura realidade
Nunca foi amor, mas, carência
afetiva
Resta agora, duas pessoas perdidas, sem contento
E sobre feridas profundas, o remendo,
Pior feito, para algo que não tinha mais jeito
A mínima discussão, virou pano esgarçado, deixando dores à mostra…
Não era amor
Tudo foi desfeito, menos o buraco no peito
O vazio e a dor de saber que
Nada restou, apesar de parecer perfeito…