Antonio Luiz

Úbere celestial

creio existir um mamífero supremo

não desmamado para todo o sempre

que em sua una e infinita elegância

traje a mais secular das vestimentas

que enche de luz viva o seu âmago

e o mantém misturado à escuridão

pra que caminhe em espiral segredo

e ascenda às sagradas tetas celestiais

de onde verte, intensa, a Via Láctea

e as chuche, divina e diuturnamente

até que se farte e até que lhe escorra

nos tão distantes cantos da sua boca,

sim, eu creio!

 

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 12/7/23 --