Ó sonho de flores tremeluzentes,
Não mais caminharás por esta rua,
Tu que tens o azul do céu nos poentes,
Nem mais verás as páginas da lua.
Eu sei que andas vestida de poentes,
Pela tarde uma lembrança tua,
E até na branca nuvem que não sentes
Os lábios lhe beijando a face nua.
Sonho de aurora em almas compassivas
Que buscam pelas mortas florescências
Nas pétalas de lis das flores vivas.
És como a vida que ainda resiste,
Em busca das etéreas redolências,
Seguindo os rastros de quem já partiste...
Thiago Rodrigues