Jose Kappel

Por Amor à Rosinha

 

sou
muito
precavido
de tentar,
até duas
vezes,
o laço
de viver.

ora, de
muito simples,
vim da roça,
de charrete,
por trilhas
de cavalos,
sempre
rodeado
de flores,
e árvores
nem sempre
prumas.

vim por vir,
cheguei
de bruço
e torquilho
de dores.

tudo isso
pra ver
rosinha:
mulher de
ritmo forte,
cabelos
de amor e
cachecol,
com
olhos
benditos
de andorinhas.

vim alegre,
de passo
rápido.

mateiro,
ah! quase me
quebrei
na cidade
grande.

me explodi
igual
belo
morteiro.

mas fui na
casa de
rosinha.

fui lá de
saudade
batendo
de medo,
igual à
tora-tora,
de árvore,
que caem

perto de casa.

quando cheguei
à custo,
na casa
da flor
rosinha,
e a encontrei
no parapeito
no janelão
fazendo festa
de traição,
nos
braços
de outro 
amor,
de última hora.

Moral da história  sem amor e sem

moral :

fui parar na
Legião Estrangeira
um local até aprazível.
- pois matam por matar -
e querem lugar melhor
pra esquecer da rosinha ?