entre cápsulas e comprimidos
são tantos planos forjados
são sonhos arrependidos
são veias acinzentadas
entre cápsulas e comprimidos
são penas e assinaturas
são perdas e tecituras
são aquarelas desbotadas
entre cápsulas e comprimidos
o relógio perde o tempo
o velho morre ao relento
eu continuo a estrada
entre cápsulas e comprimidos
o sinal toca na escola
o sapato perde a sola
meu tudo vira um nada
entre comprimidos e cápsulas...