Capim-amarelo devido ao sol.
Através dele vejo o dia e a folia
das crianças que passam
andando de bicicleta,
emparelhadas com seus amigos,
da vida rindo.
Conectar o oceano com a alma.
Descrevo as ondas do mar em sentimento,
e o sentimento-onda finda por bater em mim.
Eu vi. Vi de forma translúcida o seu esplendor
e nostalgia passaram por mim.
Pássaro vermelho. O dia é reflexo dele.
Dele que encanta enquanto canta, e perante
a colorida sinfonia lembro da infância.
A alma suspira de alegria.
Avisto um balanço velho, subitamente
as memórias se fazem novas.
A criança no balanço que vai e vem
e o entardecer que cai.
No fim do dia, a lua ascende,
acendendo em mim algo.
Sinto que é uma mensagem
plácida da existência para mim.
Sinto a incógnita. Deixo estar.
Apercebo-me de mim. Deito e sou feliz.
[O capim tornou-se
naturalmente verde-escuro.
Mas, os vagalumes iluminam-os,
até que noutro dia tornem a brilhar].