O frenesi tumultua os ideais consuetudinários
Impondo uma vanguarda destrambelhada do social
Donde os impulsos mais parecem vegetativos
Do que edificados por um racionalismo equilibrado.
Os atos frenéticos usam os irreais dissabores
Do dia a dia a fim de retratarem os fantasmagóricos
Sonhos que jamais se pintam numa realidade
Em que a hipocrisia e o cinismo são artesãos do ser.
Sob a essência da vida há o rascunho da inspiração.
Nesse mecanismo de buscar nesse intimismo
A seiva que alimente os anseios de uma liberdade sã
Estão as algemas dos devaneios vazios de conteúdo
E soterrados pela ambição acintosa da utopia
Que é ter sob controle poder e a mágica de governar!
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO