Ohun

Carta ao nada.

Vazio, vazio.

Lembro-me até hoje, de suas palavras silenciosas,

que é solitário morrer,

mas que é mil vezes mais doloroso assim viver.

Lembro-me de quando me confortava

e no seu escuro me abraçava.

Lembro-me de dizer-me:

\"Mesmo nessa vida sem graça,

não abandone a esperança.

Continue a luta sem desistência!\"

 

Mas vazio, vazio.

Já não sou mais criança,

já não tenho mais a perseverança,

estou cheio de tristeza e descrença.

Vazio, vazio, oque me restaste agora é somente a quebrada esperança.