Me encontro num campo de flores.
Imagino o oceano, o deserto, o mar,
o paraíso e a terra. Fértil, mas vazia.
Imensa e entupida.
Que será explicar o mundo,
sem ao menos conhecer a si mesmo?
Como poder acompanhar o mundo e
mostrar-se surdo ao não ouvir a si próprio?
As ondulações temporárias representadas
na mente estimulada desenham ondas que
vibram forças. O reflexo é tão forte
quanto o que é ponderado.
Eu sinto, logo vejo e, se vejo, é para criar.
No final, imaginou tudo, mas sempre
dormiu num campo de flores.
Morto ou não, sempre foi
um campo de flores.
O rascunho do meu é escrito
em fogos de artifício – queimam e brilham;
Incendeiam enquanto se apagam.
Vagam e reluzem como vagalumes.
Me encontro num campo de flores,
sem título, sem nome, sem a vergonha,
sem o túmulo dentro do peito.
E aqui, onde fui plantada, permanecerei.