Maria dorta

Desejos

Não quero o destino da margem

Ela só delimita,do Rio o caminhar.

Também não quero o destino da nuvem a vagar...

Carregada,ela desagua,para fertilizar

as terras aradas, recém plantadas.

Do Sol,não quero a função secular

de ajudar,com  seu calor tua gestação.

Mas,quando no verão florires e deres frutos.

Quero ser o jarro onde tuas flores estarão.

Quero ser teu fruto mordido,matando a fome,

dos passantes famintos,que buscarem abrigo

Sob uma árvore amiga,sem nome.

Até que o serrote dos humanos 

permitirem meu viver  se alongar

Estarei aqui,de pé, para os ajudar.

21-06_2023. Maria Dorta