Não tolero violências
dessas que maculam as manhãs
Manhãs bebês, que vislumbram
um mundo melhor
Quero um céu de brigadeiros
e chocolate quente
Com uma saudade que se
finda no cair da tarde
Sempre quis ser poeta
mas com poesia não se compra pão o suficiente
Que triste…trago as minhas
parcas reservas
Eu amo pão, então!
Pão com manteiga, pão com geleia, pão puro
Gosto de comprá-los
e observar a atendente
_ Quantos pãezinhos, senhor?
_ Seis! Quero aqueles, mais queimadinhos
Não sei porquê, não gosto
de pães pálidos
Não gosto deste mundo pálido
Gosto mesmo de escrever poesias em paz, com meus pães.