Shmuel

Paz, pães e poesias

 

Não tolero violências

dessas que maculam as manhãs

Manhãs bebês, que vislumbram

um mundo melhor 

Quero um céu de brigadeiros

e chocolate quente 

Com uma saudade que se

finda no cair da tarde 

Sempre quis ser poeta

mas com poesia não se compra pão o suficiente 

Que triste…trago as minhas

parcas reservas 

Eu amo pão, então!

Pão com manteiga, pão com geleia, pão puro 

Gosto de comprá-los

e observar a atendente

_ Quantos pãezinhos, senhor?

_ Seis! Quero aqueles, mais queimadinhos

Não sei porquê, não gosto 

de pães pálidos 

Não gosto deste mundo pálido

Gosto mesmo de escrever poesias em paz, com meus pães.