Um pássaro canta em um galho de mamoneira, `A beira de um belo e caudaloso riacho, Ao passo que as ângelas, de luzes e penachos, Tocam harpas acomodadas em uma esteira. E, pela alta abóboda celeste e fosforescente, O vento sopra em movimentos leves de espirais E bate em seus ouvidos os sons e os sinais Que deixam o seu corpo leve e transparente. Para, pelo portal místico do lado oriental, Com todas as afáveis flores dessa alameda Que circundam a mágica e verdejante vereda, Poder enxergar a sua alma no campo universal. Enquanto, reza e canta os seus lindos louvores, Em harmonia com o tempo e com a natureza Que lhe faz compreender toda a grandeza Da criação divina cheia de encantos e esplendores.