Flores de caminhar,
rosadas, augustas,felizes,
flores de achar;
basta nela uma viagem
para em seus laços se abraçar.
Trilhas cobertas de névoa
de outono, para andar e viver
corredores de ouro iguais à pérolas.
Faço por ali minha direção,
e debruço só, na úmida na relva,
e sonho, um dia, com seu
beijos de mil saudades de verão,
com dúzias de luzes
só de néon, no grande
pórtico de vazio
que me debruça neste mundo!
Mas,
se me basto,
também
não
me calo.
se falo
é por dizer,
se ouço
é por dever.
lá perto
de casa,
corre
a passarinhada,
ouço o canto
da janela
- que é esperta -
e toda se abre
para ouvir.
fico à espera
do canto
sem fanto,
sem manto,
e vou de
carona
levar
doses de
amantes.
é só para ela,
é so ela
que canta!
que bela!
ela me
faz de
todo de
encanto!
pois agora
não choro mais
por mera
falta
de
acalanto!