Bimbalhavam sinos da despedida,
Nas noites vós que sois os trovadores,
Como a dizeres pra alma entristecida,
Só os luares que ouvem vossas dores.
Soavam lentos na torre ensombrecida,
No leito flóreo dos sonhadores,
Dobres etéreos da adormecida
Lua que ia envolta pelos palores.
E eu pensavas em ti que já surgiste,
Entre os átrios invernais dos astros,
Como um brilho que no alto refloriste.
Da despedida os dobres soavam,
Enquanto sombras seguiam nossos rastros
Merencórios os sinos pranteavam...
Thiago Rodrigues