Não me venham dizer: não há destino,
A vida é aleatória e em desatino...
Os eventos se cruzam sem ação
De uma força maior, sem mais razão..
Não há de se esperar por qualquer tino
E que eu sou nada mais que um peregrino.
Até no caos existe ordenação...
E que o destino é mera narração.
Mas não.... Tudo a mim fora calculado...
Quando muito relembro o meu passado,
Uma Mão me guiava em cada passo.
Mesmo nos descaminhos que eu seguia
De propósito nesse descompasso
Do fado me vinha o bem– que eu merecia.
Tangará da Serra,17/06/2023