É frio aqui na cidade
Ás margens extremas da minha solidão
No extremo norte do meu coração
Sei que dormes á luz da lua
No extremo sul
Como dorme a poesia nua
Para bisbilhotar as andanças
Onde todo ato se encontra
Numa punição imediata
Sem conexão
Num mundo previsto
De um tempo
Que se ganha, se perde e se encontra
Num espaço chamado coração
Nas miudezas da vida
Não há previsão
Não faz a diferença
Apenas compartilho
O que o miocárdio sente
São os pormenores
Que atende o interior do interior
Numa obsessão de extremos
Seja de alegria, tristeza, dor ou solidão
Numa sentença contra
Ou a meu favor
Na poesia que abraça
E abrasa minha alma
No extremo norte
Ou quiçá no extremo sul
Da sorte que canta
E encanta numa sentença assim
Como um eixo que se esvai
E ceifas a lógica
Do descaso na sincronia do meu coração.
Neiva Dirceu _@ND
14/06/2023
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