Eu vou tudo quebrar o que me convir...
Vou incendiar a casa, é bem melhor...
E não vai restar nada a conferir
Do que antes havia, seja o que for...
De penoso trabalho a conseguir
Tudo que foi obtido a mui suor...
E nada mais me importa quero agir
Mesmo que me esbarre no pior.
Há momentos de angústia insuportáveis
Em que insólita ação: é uma ordem,
E assim dentro de tantas variáveis
Penso que com o recurso da desordem
Eu consigo obter nessa loucura
A liberdade, a qual meu ser procura.
Tangará da Serra, 12/06/2023