Todo encanto genuíno
flui naturalmente
da essência e não da aparência.
Pantomimas não servem
como baluarte para ninguém.
Não são roupas de grife.
Nem carros importados.
Tampouco palavras vazias,
sem significado,
sem conteúdo,
sem sentimentos,
que encantam as pessoas.
Mas isso não é uma apologia
à escassez ou à pobreza.
Pois, devemos aproveitar
as coisas que o dinheiro
pode proporcionar.
Eis que o Universo
é rico e abundante.
E todo mundo quer
um lugar ao sol.
Contudo, devemos sempre lembrar
o valor insofismável
do capital humano.
O que realmente importa…
É a luz que se irradia
da inteligência e da sabedoria.
A nobreza de alma.
A firmeza do caráter.
A generosidade do coração.
A sinceridade dos afetos.
A benevolência dos atos.
O que encanta…
É gente que se emociona.
É gente que vibra.
É gente que se permite
chorar quando está triste
e também sabe sorrir de verdade.
É quem sabe viver,
em tribo, em comunidade,
honrando e respeitando
todas as vidas.
É quem sabe valorizar
e agradecer os momentos
de felicidade.
É quem não foge da raia
e sabe superar as dificuldades
de cabeça erguida,
com dignidade!
O que encanta…
É quem não prejudica ninguém,
ao contrário:oferece apoio
e solidariedade!
É o calor de um abraço.
É a doçura da palavra
dita na hora certa.
É quem sabe respeitar
o silêncio que fala mais
do que qualquer palavra.
É o brilho do olhar daqueles
que se amam além das aparências!
O que encanta…
É quem aceita as diferenças humanas.
Não tem preconceito de raça,
credo, ideologia, gênero, idade,
condição social e econômica…
É quem tem alma leve
e consciência tranquila,
porque não fez mal a ninguém.
O QUE ME ENCANTA…
É a oportunidade de estar aqui
e poder aprender alguma coisa
todos os dias.
( Por Lia Graccho Dutra )