Era o meu ano sabático,
uma espécie de liberdade que pairava sob o ar...
ao contrário do meu coração,
enjaulado por lembranças,
medos e receios...
4 meses desde o último encontro
e se todo dia fosse abril,
eu sorriria pelo ano inteiro
e todos os outros seguiriam
sem lembranças, receios e medos...
Me lembro dos seus olhos,
rota de fuga e
ao mesmo tempo imersão,
belas constelações indígenas
nunca descobertas oficialmente...
4 anos desde o primeiro-último suspiro,
e se todo dia fosse abril
como foi aquele
eu sorriria para sempre,
eu inventaria a liberdade,
eu desvendaria todos os segredos
ou aceitaria a verdade
indigesta e indigente
de seus olhos em minha frente...