Há liberdade quando se escreve...
Quando me livro!
Mas escrevia com amor
A alegria se refazia
A simplicidade repercutia
A poética era o desejo
E colhia esperança
Escrevia errado, mas não se continha
Cadê a vírgula? Sobrava o sinal
E se esquecia do ponto final
Mas escrevia com amor
Palavra por vezes errava
Às vezes ela nem mesmo existia
Mas versos ainda lançava
A alegria se refazia
A rima era seu sonho
Até lhe faltando o sono
Sonhava mesmo acordado
A simplicidade repercutia
Um poema assimétrico
Fora do padrão estético
Não se encaixava, não se media
A poética era o seu desejo
Publicava seus poemas, sem jeito
Não temia o preconceito
Desbravava inocente sua \'ignorânça\'
E colhia esperança
Dizia-se poeta, e assim se fazia
Emoção latente em letra ausente
Lúdico suspiro do encanto
A poesia já era seu manto
E hoje é o que vejo, e não são poucos
Muitos eruditos vaidosos, moucos
Estéreis com sua indolente rima
E ele era só esse anseio que fascina
Mas ele aprendia, se superava
Escrevia e admirando mostrava
Poema não é somente erudição
Antes, é um querer com emoção...
Antes, é um querer com emoção...
A poesia já era seu manto
E ele era só esse anseio que fascina
E colhia esperança
Há liberdade quando se escreve...
Quando me livro!