Ao passar distante da minha retina
Na outra esquina da rua do centro
Cabelos encaracolados pelos ventos
Segue o ritmo da canção da cidade
Olhar de soslaios nas curiosidades
Desvela o constructo daquele amor
Que ficou na cimeira corola da flor
Pulsando teus átrios pela saudade
Seu amor é como o néctar da flor
Onde o beija flor busca energias
Seu palmilhar é na ilha da magia
Todos param diante seu encanto
Você é poesia que eu faço e canto
E pelas dunas de areias dissipam
Cintilar das ondas que crepitam
Qual contraste de riso e pranto
O pensamento as vezes é fugidio
Tal qual lagrimas de madrugada
Que só pela noite é testemunhada
Vertida do medo daquela esquina
Sombreada e deserta duma retina
Segredando um amor aos ventos
Que prefere apagar com o tempo
Desse coração incerto de menina