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Era quase solidão a palavra colhida...
A esperança pousa em meus galhos, já ressequidos.
A dor me avisou, tentou, mas a desdenhei.
O amor que senti era quase palpável, quase tangível!
Apenas conheci a paz verdadeira quando o silêncio que não se descreve passeou em mim como num chão relvado, sem gravidade e sem aspereza de pedras.
Nos contornos da minha consciência a mudez aplacou o escândalo e uma tormenta surda se evadiu de mim, aturdida pelo inexplicável que ocorria.
O amor era o segredo da paz e da guerra, era a chave do mistério do degredo e da união, era o enigma e era portais para dimensões indefiníveis...
O silêncio era a resignação com o incompreensível, o acolhimento e a descoberta de toda potência em sementes do despertar a espera do porvir...
O amor que senti era quase palpável, quase tangível!
E a esperança como um suspiro, o alento na ausência do olhar de afetos e o ânimo no tumulto dos conflitos de mim.
Sobre o céu eu explico com sonhos, enquanto na linha densa da vida vislumbro no horizonte o crepúsculo da incompreensão, a noite da solidão, a espera da aurora da fé, crendo no raiar da conclusão do amor...
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