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LEIDE FREITAS

LUA, MEU AMOR!

 

LUA, MEU AMOR!

 

Anoitece! Na nuca sinto um leve arrepio

Um calor que emana bem devarinho

e gostoso se espalha no corpo inteiro 

A lua dourada longiqua nos céus azuis

sussurra meu nome entre as estrelas

Um convite para subir ao seu universo

Olho a clara lua e meu desejo confesso

Uma noite de amor, uma promessa

Uma noite enluarada em seus braços

másculos de deus. O coração palpita

se agita no meu peito como tempestade 

Olho para o céu anil e o meu corpo arde 

com mil desejos, estremeço, enlouqueço…

O deus-lua lança os degraus dourados 

A ponte que me levará a seus braços 

Piso leve o primeiro degrau e o segundo

sigo subindo para seu universo encantado 

Quando chego a porta do castelo iluminado

e olho para trás, o caminho desapareceu  

Se desfez entre os céus, nuvens e estrelas 

Por um momento, apenas, reconsiderei 

Tarde demais…Sei que jamais retornarei.

 

LEIDE FREITAS