Olhar para ele
Apenas lembrar dele
Me faz suspirar
Me fez cantar
Em agrura de pura tristeza
Nunca mais amarei
Nunca mais amarei alguém como o amei
Apostei tudo
Tudo de mim
Agora estou vazia
Uma bola vazia
Não consigo flutuar
Só chorar
Não consigo te dizer \'olá\'
Nem muito menos \'vai\'
Quando quero dizer \'fique\'
Como vou superar?
Se toda a minha juventude foi gasta nele?!
O amor se transformou em ódio
Um ódio tão maldito
Tão corrosivo
Que lateja
Que decepção ter te amado tão sem reservas.
Me afoguei!
Me joguei de braços abertos
No precipício que é o amor
Uma droga
Um caminho sem volta
E eu digo para mim mesma que o odeio
Nisto medito
Mas, não consigo odiar
Me sinto amarga
E sem perspectiva
Porque, só sei te amar.
Só sei, que nasci para te amar.
Tão vazia
Tão desprovida
Desprotegida
Longe dos seus abraços
Vazia\'
Cheia de mim
Estou cansada
E esta amarga solidão que comigo caminha.
Que filetes são esses em minha face?
-Lágrimas; Infinitas delas.
Não consigo contê-las
Correnteza abriu as portas
Que resvalam
Translúcidas
Não consigo!
Não consigo, ficar lúcida!
-Fique comigo; sussurro.
Porém, grito no vazio
De frente para este precipício que é o amor.