Divaldo Ferreira Souto Filho

Crescer com a dor

Fios moles de tecido a cobrir

O medo àquilo que não se vê

Posto que tudo que se sabe

É prévio ao nosso existir

 

Ideias vivas de gente morta

São vírus. Estes, se existem

Quais seus sentidos, além?

A não ser corrigir a vida torta

 

Lágrimas ficam. Somem-se vidas

A gente chora e sente o petrichor

Dessas águas, ou sais, às bactérias

 

Impunes não podem ficar

Embora lançaram tanta dor

Tais vírus nos fizeram pensar