Jose Kappel

Saias Rendadas

 

Mimo o vento que acaricia

as bordas azuladas do céu,

que me apaziguam.

 

Venero o sol, me sombreio à lua.

 

Mas de tudo que explandece

não mostra a dor dos sentidos:

pois ela, um dia,

se foi, toda colorida,

de saias rendadas,

para o mundo de outro homem!

 

Foi tudo tão de repente,

sem que houvesse alguém

até para

explicar o porquê dos jardins

tão vazios.

 

Ela deu uma volta ingrata,

para viver fora da gente!

 

De sua importância

ela se encontrou adornada

de mentiras!

 

E latejou o mundo

com outro homem,

talvez de outro mundo!

 

Me calo!

 

Voz dos perdidos

não choram mais!

não sei por quanto tempo,
tempo que vai e vem,
por quanto tempo,
minha vida vai balançar
entre claros e escuros,
em procurar e jamais achar!

e se achar.
oras!

a benzinha casou
de novo,
em rosas
se enlaçou
pra achar
outra ida,
sem ser
minha vida!