O sol desponta nas horas de alvura,
Trazendo-me luares já fanados,
Mas o meu peito é uma erma sepultura,
Na catedral dos sonhos constelados.
Há tantas flores murchas na clausura,
Vozes que surgem por todos os lados,
E a saudade de etérea formosura,
É como a lua pelos ermos prados.
Segue cantando a morte que te espera,
Se tens a alma florida de açucenas
Passarás como alegre primavera.
Poeta triste que as dores vai tecendo,
Se te encantas as noites serenas,
Em ti há também um bosque florescendo...
Thiago Rodrigues