Contemplamos nossa existência,
convictos de vivermos
plenos de sã consciência,
certos do lugar que ocupamos.
Com o tempo, apesar da insistência,
detalhes afluem como sismos
demolindo conceitos de querência,
expondo, realmente, onde existimos.
Negamos lucidamente a demência
de placidamente compartilharmos
onde perdemos nossa essência.
Fingindo resiliência, sonhamos.
Com a vida expondo o fim da inocência,
logo do nosso lugar nos perdemos,
pois, vivemos a eterna impaciência
de estar onde, apenas, sobrevivemos!