Esse silêncio é de madrugadas,
Essa saudade de onde vieste,
Tem almas que seguem enamoradas
Andando calmas pela noite agreste.
E por onde andara também trouxeste,
Os olhos sem agruras nas estradas,
De contemplares o palor celeste,
Cansados de sonhar em alvoradas.
É de estrela silente e vesperal,
Das tardes sem brilho que contemplaste
As mágoas do ocaso em funeral.
Relembra luares que na alma trago,
Céu de maio, triste, que vos olhaste
Pálidos vagando sobre um lago.
Thiago Rodrigues