tão belos, majestosos e pretos
são os véus e vestidos da noite
vestes que promovem o brilho
das estrelas, da Lua, e o meu
e luzente, assim, eu a percorro
na busca ardente doutro espaço
pra o adentrar, intrepidamente
e hospedar ali a minha turgidez
e ao despir da noite me amiúdo
e me recolho em tocha apagada
desfalecido em albergue escroto
até que a noite de novo se vista
é que no fundo eu sou como falo
bem mais do que aquilo que digo