Antonio Luiz

Sou como falo

tão belos, majestosos e pretos

são os véus e vestidos da noite

vestes que promovem o brilho

das estrelas, da Lua, e o meu

 

e luzente, assim, eu a percorro

na busca ardente doutro espaço

pra o adentrar, intrepidamente

e hospedar ali a minha turgidez

 

e ao despir da noite me amiúdo

e me recolho em tocha apagada

desfalecido em albergue escroto

até que a noite de novo se vista

 

é que no fundo eu sou como falo

bem mais do que aquilo que digo